Disrupção (2020)
"Disrupção" é um projeto musical de Rodrigo Rodriguez que combina guitarras e voz para criar uma experiência única de MPB, influenciada pelo Rock Clássico e a riqueza da MPB. O álbum conta com 9 faixas, cada uma trazendo uma história única.
Rodrigo Rodriguez, Guilherme Salgueiro e Ygor Helbourn, uma tríade musical unida por quase duas décadas, trazem à tona sua jornada compartilhada no álbum "Disrupção". Originários do Regra Zero e colaborando em diversas frentes artísticas, incluindo projetos notáveis como "Do Brasil com Moína Lima" e as empreitadas solo de Rodrigo Quik de "Perdidos na Selva", essa colaboração atinge um novo ápice no álbum mais recente.
O guitarrista e vocalista Rodrigo Rodriguez não está sozinho em sua mais recente empreitada musical. Em "Disrupção", o álbum que desafia as expectativas, a colaboração de quase duas décadas com os companheiros de longa data Guilherme Salgueiro (baixo, Monarco, Moacir Luz, Zé Catimba, Ana Costa, Ronaldo Barcelos, Dudu Nobre, Alcione) e Ygor Helbourn (bateria, Marina Elali, Aki Kumar, Rodrigo Quik, Glaucus Linx). Yuri Helbourn, irmão de Ygor, também participa especialmente em duas faixas e o álbum é produzido e mixado por Cleidisleia, que também toca Violinos e Rabeca.
Rodrigo, Guilherme e Ygor, juntos há quase 20 anos, moldaram sua música ao longo de uma jornada musical compartilhada no Regra Zero e em várias frentes artísticas de Rodrigo como Do Brasil com Moína Lima (filha de Taiguara) e projetos solo de Rodrigo Quik (Perdidos na Selva). Em "Disrupção", essa colaboração atinge um novo patamar, onde a familiaridade entre os músicos se traduz em linhas de baixo inventivas e uma bateria precisa que se encaixam perfeitamente nas composições envolventes de Rodrigo Rodriguez. Eles não se encontravam há anos, não ensaiaram juntos e gravaram do jeito que ouviram uma demo gravada por Rodrigo e Cleidisleia dias antes.
Produzido em colaboração com Cleidisleia que também toca violiono e rabeca, "Disrupção" é um testemunho da inovação musical de Rodrigo Rodriguez. Cleidisleia, Guilherme Salgueiro, Yuri Helbourn e Ygor Helbourn acrescentam camadas sonoras ricas, é a faixa "Disrupção" que coloca em evidência a verdadeira essência da relação entre a guitarra e a voz de Rodrigo.
"A Central", uma das faixas destacadas do álbum, é um testemunho dessa jornada musical duradoura. A batida expressiva de Ygor na percussão árabe, e as notas inventivas de Guilherme, que toca 3 camadas de baixo, complementam a reflexão de Rodrigo sobre monopólios culturais, tornando-se uma verdadeira expressão da maturidade musical alcançada ao longo de quase duas décadas de colaboração.
"Disrupção" é um convite à experiência musical inovadora que só é possível através da colaboração duradoura e intuitiva entre músicos excepcionais e a ideia de liberdade que a música traz como linguagem universal. Disponível em plataformas como YouTube, Apple Music e Spotify, o álbum é uma celebração de uma jornada musical compartilhada que continua a evoluir.
Ficha Técnica
Rodrigo Rodriguez - Disrupção 1 Disrupção 2 Boas Palavras 3 Escuto Clássico 4 Eu Vou Ao Show 5 Que Colônia 6 Espelho 7 Checagem 8 Dano Social 9 A Central Produzido por Rodrigo Rodriguez & Cleidisleia. Vocais, Violões, Guitarras & Teclas: Rodrigo Rodriguez. Baixo: Guilherme Salgueiro e Yuri Helbourn (trilhas 3 e 5). Bateria & Percussão: Ygor Helbourn. Cordas: Cleidisleia (trilhas 1, 3, 5 e 8). Participação Especial: Caio Chacal (vocais na trilha 1). Capa: Rodrigo Rodriguez, Gerd Altmann & José Renato Soares. Mixado por Cleidisleia. Gravado no Estratosfera Estúdio. Todas as letras e músicas de Rodrigo Rodriguez.
Letras
Disrupção (Rodrigo Rodriguez) Você deve partir A recompensa é a estrada Só lhe resta seguir Sem rota pré-combinada Escolha o tom do momento Ao desmontar argumentos Com a chama da liberdade Do amor em cada cidade Use a lua e as curvas da serra Guiando a máquina com perfeição Sinfonia que pulsa em terra Disrupção A intenção é o motor De quem navega sem dor Na trilha feita à mão Movida a gás e pistão Use a lua e as curvas da serra Guiando a máquina com perfeição Sinfonia que pulsa em terra Disrupção E o racional do momento Solta poeira no vento Ronco voraz de uma era Sinais vitais de uma fera Use a lua e as curvas da serra Guiando a máquina com perfeição Sinfonia que pulsa em terra Disrupção Boas Palavras (Rodrigo Rodriguez) Boas palavras em mente – ancoradas no sim Ditas de modo breve – com início, meio e fim Boas palavras em mente – ancoradas no sim Ditas de modo breve – com início, meio e fim Conforme o frio avançava ela se tornava mais forte Melhorando argumentos – se livrando da sorte Despertando a cabeça com o próprio amor Acenando pro mundo – ficando a seu dispor Durante a interrupção - ela se desfez de crenças No ar da inteligência reciclou ofensas Pela respiração seguida de perdão Trouxe a ideia pra si - libertou compaixão Boas palavras em mente – ancoradas no sim Ditas de modo breve – com início, meio e fim Boas palavras em mente – ancoradas no sim Ditas de modo breve – com início, meio e fim E então percebeu que a humildade nada mais é Conhecer o outro como a própria fé Despertando a cabeça com o próprio amor Acenando pro mundo – ficando a seu dispor Boas palavras em mente – ancoradas no sim Ditas de modo breve – com início, meio e fim Boas palavras em mente – ancoradas no sim Ditas de modo breve – com início, meio e fim Escuto Clássico (Rodrigo Rodriguez) Um grande colorido paira pelos ares Não sei se é ali esquina ou em Buenos Aires Aqui no rio tudo continua na mesma Muita paz e aparelhos em cima da mesa A liberdade existe e está lá na praia Com o oceano aberto solto pipa e raia A paciência brota então do chão Pessoas isoladas ao pé do colchão Penso que a vida é bela Mesmo brigado com ela Pois tudo se faz recomeçando Montando sobre as lágrimas secas do pranto A palavra te faz ouvinte Mesmo se você tem menos de vinte Ideias são fatos dentro da mente Evoluindo o ato de sermos gente Escuto clássico, mas me mostra A arte do seu algoritmo Palavras simples são um bom caminho De chegar ao ouvido em seu ninho Continue dizendo a todas e todos Em alguns pontos da vida fomos tolos Libertar a mente e deixar de lado o fardo Compreendendo o que é vaidade ou fato Olhando nos olhos de quem precisa O amor próprio cria pessoas destemidas Penso que a vida é bela Mesmo brigado com ela Todo ar que respira tem poeira de sobra Pra fazer deserto feito capim e cobra O grande A é livre pra quem é criança O resto um grande nó só pra quem dança E a sessão de vinte e poucos minutos Começa à tardinha – depois dos insultos Escuto clássico, mas me mostra A arte do seu algoritmo Eu Vou Ao Show (Rodrigo Rodriguez) Eu vou ao show Nas ondas do balanço inteligente Liberto está o canto inconsciente Revolução sonora da didática Disfarce da canção enigmática Eu vou ao show O agora é apenas um pra toda fé Tempo suficiente pra quem quer Soletrar os versos do momento Ou dar ao verbo um quê de movimento Eu vou ao show Na trilha da memória mais distante Nos elos que se formam diamantes Felicidade espera o próprio às E o bem realizado não desfaz Eu vou ao show Que Colônia (Rodrigo Rodriguez) Até quando vamos vender nossos recursos naturais Se em todo canto do mundo se vende tecnologia No carnaval todos somos filhos de mortais No futebol toda a beleza da bola e da magia Tenha certeza de rejeitar todas as ofertas de ópio No registro de ideias sementes que despertariam o ódio E por isso alguns passam a vida de bruços na prancheta Mantendo a inspiração trancada em suas gavetas Que colônia E uma bola e duas bolas e a cultura programática E o crescimento da indústria desaba o QI nacional Como cupins na floresta temos a festa da didática Teatro de lá pra cá, de cá pra lá mineral Sem o capital vadio de franquias telepáticas Sem ativismo de sofá guiado por sinapses enfáticas A computação não seria usada pra alterar o que é fato E o rock não teria o quê de misógino no rebolado Que colônia Espelho (Rodrigo Rodriguez) Quem só vive em frente a um espelho E quer só ficar de olho em si E assim fortalecer certo respeito Se olhando de frente dizendo que sim Precisa é deixar as mágoas De apenas sombras desarmadas O tempo faz a gente escolher Olhar e não julgar o ser Quando um verso tira a paciência O ar que permite fluir o roteiro E sem fazer nenhuma exigência Palavras que surgem do fundo do peito Vão ajudar a deixar as mágoas De apenas sombras desarmadas O tempo faz a gente escolher Olhar e não julgar o ser E assim vai deixar as mágoas De apenas sombras desarmadas O tempo faz a gente escolher Olhar e não julgar o ser Checagem (Rodrigo Rodriguez) Desligue a checagem de orientação sexual Se o que há é meramente uma defesa banal A guarda vai alertar com sinais dos mais diversos Mas é outro coração pulsando ali há alguns metros Demorou te entender, mas ela sabe quem é você Um machista com fobias da velha guarda e da TV Marcam o fim de uma era que os colocava em risco Permanecendo o comando de modo explícito Insultos de intrusos que amam ou desmentem Só o bem para encarar a espiral de frente O amor próprio usado como encanto Liberta corpo & voz, intuito & canto Tem gente crescendo sem faltar boa intenção Tem gente se recuperando e saindo da prisão Alguns podem querer uma espécie de Bugatti Para ficar de fora do bullying deste market Procure navegar com essenciais recursos Calculando o possível – relaxando os músculos Com a intenção ao alcance das suas mãos Só te resta ser feliz com o pleno coração Com a intenção ao alcance das suas mãos Só te resta ser feliz com o pleno coração Dano Social (Rodrigo Rodriguez) Novo mundo que se apresenta por cartas Sequências de imagens, jogos e trapaças A cada novo dia nova manipulação Bullying incessante que entorpece a nação A injeção em vias de ideias humanas Que navega por tubulações urbanas Se houver pendência de automação É despejada a banalização Isto é um chamado para adultos Disputando com serviços e produtos Olhem bem a prateleira do mercado Somos tudo menos seres no atacado Pois o controle do dano social Pornô-playback como canto visceral Sem limites nos versos da serpente Segue moldando corpos e diluindo mentes No ritual da depuração cultural Esqueça o rabo da serpente Encare de frente e procure pela gente Desfazendo o controle do dano social Isto é um chamado para adultos Disputando com serviços e produtos Olhem bem a prateleira do mercado Somos tudo menos seres no atacado Pois o controle do dano social Pornô-playback como canto visceral Sem limites nos versos da serpente Segue moldando corpos e diluindo mentes A Central (Rodrigo Rodriguez) A central desgasta Não desafia – e basta O poder voraz atrai E sem correr atrás Desfaz Desfaz A liberdade e o anseio Separados do seu meio No marchar da expressão O espetáculo da contramão Distrai Distrai A pureza do deserto Não perdoa o incerto A franqueza no olhar Vai libertar Nosso lar